As vezes fico pensando como as coisas mudaram em tão pouco tempo aqui no meu cantinho.
Para nós mulheres no serviço da casa principalmente.
As roupas eram ensaboadas com sabão de cinza e batidas vigorosamente em uma tábua colocada como um escorregador pertinho da bica, chamada de " batedor", depois eram estendidas no capim verdinho para quarar, mais tarde toda roupa era novamente batida no batedor e torcida com aquela água fresca e limpa que saia da bica.
Nas segundas feiras em todas hortas-jardins ouvia-se o bater de roupas, era um bater compassado, e junto as mulheres cantando enquanto trabalhavam.
As hortas-jardins eram então enfeitadas com varais de roupas branquinhas , outros coloridos...
Toda esta mudança foi muito boa para nós mulheres do meu cantinho, este trabalho ficou mais leve e nos dá mais tempo para nós mesmas. Mas quando me lembro não consigo deixar de sentir um pouquinhi de saudades, e me enterneço ... tambem por não ver mais a agua jorrando nas biquinhas que uma a uma foi secando depois de uma grande drenagem feita pela prefeitura. Na minha horta-jardim mesmo, tinha a minha bica, que já não existe.
O progresso foi bom, pena que tivemos que pagar um preço, o alto preço de vermos secando as minas centenárias, nossa agua agora é tratada, tem cloro, flúor, mas não é tão saborosa como as aguas dos potes de barro, que vinham das pequenas minas e bicas tão bem cuidadas nas nossas hortas-jardins.cercadas de copos de leite, saias-brancas e a grama verdinha.
Não tem como não se emocionar, não tem como...
beijinhos
Tina
Concordo contigo...Quanta coisa boa veio com o progresso, mas tantas outras perdemos! Essas são algumas lembranças...beijos,chica
ResponderExcluirTina...Eu sei dos seus sentimentos em relação ao progresso.Sinto saudades do passado e suas simplicidades.Qdo venho aqui relembro minha infancia em detalhes lá do interior.Sabe aquelas flores que ficam na beira de rio e tem um cheiro MARAVILHOSO?Não sei o nome mas eu ainda sinto o perfume dela ao lembrar de córregos e pés sujos de lama...srsrsrsr
ResponderExcluirBom, programa CAÇADORES DE RELÍQUIAS TÁ NA SKY -History Channel
E PASSA HOJE ÁS 20:00HORS.eu adoro ver as bugigangas que eles compram, verdadeiras relíquias...srsrsrsrr.
Bjs.
Pura verdade, lembro da minha avó colocando a roupa na grama, é uma lembrança tão distante, mas que me emociona. Beijos Eliane
ResponderExcluirOie querida, tudo bem? a saudade bateu, vim te visitar. Como tudo na vida, o progresso tambem tem dois lados, pena que os dois nao podem ser o lado bom.. rsrs
ResponderExcluirBjus
Alice
Tina... Voce é bárbara!
ResponderExcluirA cada dia me surpreende com suas postagens.
Relembrar essas coisas do passado nos traz encanto e magia.
È tudo muito lindo!
Abraços.
OI TINA TUDO BEM,POIS É O TEMPO PASSOU E DEIXOU SAUDADES,AINDA LEMBRO DAS ROUPAS DEPOIS DE LAVADAS E ECHAGOADAS EM AGUA LIMPA,AS ROUPAS BRANCAS ERAM PASSADAS EM ANIL,ERA UMA PEDRINHA AJUL TIPO UM SACHE QUE DEIXAVA A AGUA AZUL ENTÃO ERAM MERGULHADAS AS ROUPAS BRANCAS,DEPOIS ERAM PENDURADAS NOS VARIAS PARA SECAR.ABRAÇOS
ResponderExcluirOI TINA!! TUDO BEM?? SAUDADESSSSSS, AMEI SEU POST E PRINCIPALMENTE O CONTEÚDO,EU SOU NETA DE PORTUGUESES E LÁ ELES TINHAM O HÁBITO DE LAVAR ROUPAS EM CONJUNTO, TANQUES COMUNITÁRIOS, E LÁ ELAS CONTAVAM SOBRE SUAS VIDAS, E CONVERSAVAM ENTRE SI,NA REGIÃO DA MINHA FAMÍLIA QUE SÃO AS ALDEIAS.
ResponderExcluirE MINHA AVÓ QDO LAVAVA ROUPA, ELA QUARAVA( ACHO QUE ESTA GERAÇÃO NEM SABE O SIGNIFICADO DE QUARAR ROUPAS,HEHEHE)
A ROUPAS BRANCA ERA BRANCA MESMO, E NÃO USAVA ALVEJANTE, ERA UM SABÃO ESQUISITO E FEDIDO,MAS A ROUPA FICAVA COM CHEIRO DE LIMPO CHEIRO BOM!TINHA UMAS BACIONAS E FICAVA A MANHÃ TODA NESSA LAVAÇÃO DE ROUPA,LEVAVA TEMPO, NA ESFREGA NO BATEDOR ENFIM, HOJE TEMOS O PRIVILÉGIO DE JOGAR AS ROUPAS DENTRO DA MÁQUINA E COO TUDO É AUTOMÁTICO, PODEMOS FAZER OUTRA COISA E FICA TUDO BEM!
MAS EU, SINCERAMENTE AINDA TENHO O HÁBITO DE COLOCAR AS ROUPAS CLARAS DE MOLHO NA BACIA ANTES DE POR NA MÁQUINA, É RESQUÍCIO DA MINHA AVÓ! HEHEHEH BJO
OLÁ TINA!
ResponderExcluirESTOU INAUGURANDO UM BLOG. LANCEI NO GOOGLE A PALAVRA ROÇA E APARECEU O ENDEREÇO DO SEU BLOG, DENTRE OUTROS. RESOLVI ME APRESENTAR. ESTOU UM POUCO ATRAPALHADA AINDA COM ESSA NET.ESPERO FAZER NOVAS AMIZADES COM O BLOG E APRENDER COISAS INTERESSANTES. ABRAÇOS,
DONA MARIA.
Hoje não passa de uma memória, mas há algumas décadas este era um cenário habitual também em muitas das nossas ribeiras e tanques públicos: mulheres que lavavam a roupa, dando um colorido engraçado às margens com as peças que aí coravam.
ResponderExcluirDeixo-vos uma antiga canção, de Beatriz Costa, “Aldeia da Roupa Branca”:
"Ó rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.".
Bj**
Fico até constrangida de comentar essa postagem que todas veem como coisa do passado, pois eu vivo um pouco dessa maneira, por vontade e não por necessidade!
ResponderExcluirNão tenho batedor de roupa, mas lavo-as no tanque e ponho para quarar dentro de sacos plásticos que formam uma estufa que limpa e faz ficar perfumada !
Não canto, como as mulheres antigas faziam, mas fico feliz em poder viver dessa forma tão natural !
A água vem da mina, pura, fresquinha, como antigamente !
A máquina de lavar fica quase totalmente parada, só sendo usada para lavar cobertores e peças muito pesadas.
É, como costumo dizer, ter o melhor dos dois mundos: lavo roupa na mão e passeio pela internet !
Beijo