Amava a casa de minha avó, uma casa grande, com muitas e enormes janelas,o assoalho de tábuas largas, meu avô brigava quando lavávamos a casa, hoje eu entendo o porque...os barrotes de madeira poderiam apodrecer...(foi o que aconteceu) e a casa teve que ser demolida.
Agora...choramos o leite derramado...a grande casa de pau-a-pique, não suportou a falta de cuidado.
E é agora só um quadro na parede, onde olhamos com saudades dos momentos deliciosos que passamos ali, e com tristeza pelo desleixo que tivemos com ela.
Por isso escrevo aqui no MEU CANTINHO NA ROÇA, se voce tem ainda uma casa que te traz boas e lindas lembranças, cuide bem dela, não deixe que ninguém a modifique, mantenha a história.
Descendo por esta estradinha tinha o monjolo,quanto café socado, quanta farinha torrada ali naquela casinha,as roupas eram lavadas ali pertinho, onde a água corria limpinha!
Fui lá outro dia prá ver o monjolo...e o que encontro?
Os restos mortais , do que foi tão útil na vida de meus avós e tios...Mais uma vez a história se repete, a falta de cuidado, fez com que meus filhos não conhecessem a máquina artezanal movida a água que socava os grãos na minha época de criança.
Não tenho alegria de mostrar pra voces o que sobrou, mas vou mostrar, porque se voce tiver aí no seu cantinho, preserve-o.
A bica d'agua do monjolo continua lá, olhando com tristeza tudo se acabar...
Preserve a sua história, não faça como nós, que vemos agora com tristeza , nossa história se acabando, por culpa da nossa insensibilidade com o passado.
Lendo o que foi escrito acima, também me lembro da minha infância quando minha mãe fazia farinha de monjolo. Moravamos em uma chácara perto da cidade, só que a chácara não era nossa e assim não pudemos fazer nada, pois o proprietário e seus familiares nunca ligaram para preservar essas coisas. Um dia tivemos que mudar, fomos para a cidade e a infância feliz terminava naquele instante. Hoje vejo como tudo está diferente; não tem mais o monjolo, nem o rego d'água, nem mesmo a casa existe mais. A cidade já encostou e só falta mesmo atravessar o rio, coisa que não vai demorar muito, pois já estão preparando um loteamento onde antes era o meu reino encantado. Têm uma música de autoria do Índio Vago e interpretada pela dupla de música raiz Liu e Léo que se intitula "Velho pouso de boiada". Se tiver opotunidade de ouví-la, ouça; essa música é o retrato fiel do nosso sentimento.
ResponderExcluirSaudades...saudades....saudades.... nasci na roça. minha mãe era torradeira de Farinha de Milho, farinha bem amarelinha e gostosa pra misturar no feijão ou no leite bem gordo e cheiroso das nossas vacas, agora ´so saudades, mamãe ainda é viva, está na casa dos cem anos vai completar em Dezembro. Papai já partiu.Tínhamos monjolo e tambem moinho de fubá.
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